Resposta está na comunicação, não só na venda!

Resposta está na comunicação, não só na venda!

Não é mais segredo que a pandemia transformou significativamente a vida das pessoas, impelindo-as a adotar uma abordagem cada vez mais digital. Contudo, o impacto dessa mudança no relacionamento entre marcas e consumidores ainda é um aspecto a ser minuciosamente examinado. O cenário digital passou por transformações substanciais, exigindo adaptação rápida. À medida que as pessoas se tornaram mais adeptas a esse universo, tornou-se crucial para as marcas buscar maneiras de se destacar e ganhar relevância nesse ambiente.

No Brasil, milhares de indivíduos adotaram o comércio online, resultando em um faturamento recorde para o e-commerce em 2021, ultrapassando os R$ 161 bilhões, um aumento de 26,9% em relação ao ano anterior, conforme levantamento da Neotrust, responsável pelo monitoramento do e-commerce brasileiro. Isso demonstra que as pessoas passaram a enxergar o ambiente digital não apenas como um espaço de consumo, mas também como um local para viver.

Diante desse cenário, surge a pergunta: como conquistar relevância em um ambiente saturado de ofertas, com consumidores cada vez mais exigentes, e quais serão as tendências resultantes desse panorama? A resposta reside na experiência do usuário e na proximidade na comunicação com o público.

A aceleração digital levou as pessoas a adotarem diversos meios de comunicação que, anteriormente, não eram tão comuns. Um estudo recente do Facebook IQ revelou que 55% dos consumidores que entraram em contato com empresas por mensagens o fizeram pela primeira vez no início da pandemia. Eles buscaram estabelecer comunicação para compreender melhor o que consumiam e manter uma conexão próxima.

Ferramentas como o WhatsApp, chatbots e outras inovações tornaram-se fundamentais para as vendas. No entanto, isso resultou no surgimento de novos perfis de consumidores. Por isso, ter uma compreensão precisa das expectativas do consumidor tornou-se uma estratégia vital para empresas presentes tanto no digital quanto no físico.

Um mapeamento conduzido pela WGSN, autoridade global em previsão de tendências de consumo, identificou três novos perfis de consumidores: os estabilizadores, que buscam estabilidade na relação de consumo; os comunitários, preocupados com a comunidade local e a economia circular; e os novos otimistas, focados na inclusão, interatividade, conveniência de compras e descontos coletivos.

Essa diversidade de perfis evidencia a necessidade de abordagens distintas. A resposta não está apenas no canal de venda, mas na comunicação. Entender como abordar o cliente, alcançá-lo e fidelizá-lo é essencial para manter uma relação positiva e converter isso em vendas. Portanto, a verdadeira tendência reside em investir em comunicação.

Aqueles que conseguem utilizar a tecnologia de maneira eficaz para construir interações saem na frente e surpreendem seus clientes. Não se trata mais de uma decisão entre “fazer ou comprar”, mas sim de construir. Todas as empresas precisarão adotar uma mentalidade voltada para o software, utilizando a tecnologia para aprimorar constantemente as experiências do cliente com base nos feedbacks recebidos.

A rapidez das mudanças no mundo demanda uma adaptação ágil das empresas a novos formatos de interação com o consumidor. A nova realidade exige um foco mais aguçado no cliente e ajustes rápidos.