Como ficam as empresas com a extinção do Universal Analytics do Google

Como ficam as empresas com a extinção do Universal Analytics do Google

Visando auxiliar as empresas na preservação da privacidade dos usuários e na conformidade com as leis de proteção de dados, o Google anunciou oficialmente que, a partir de 1º de julho de 2023, todas as propriedades padrão da Universal Analytics (UA), ou seja, as gratuitas, deixarão de processar novos hits. No caso das propriedades da Universal Analytics 360, a versão paga, o processamento será interrompido em 1º de outubro. As empresas terão um prazo de seis meses a partir dessas datas para transferir completamente seus dados para as novas ferramentas, nomeadamente o Google Analytics 4 (GA4) e o Google Analytics 4 360.

Uma mudança perceptível até agora é no modelo de análise, uma vez que o GA4 não depende exclusivamente de cookies para coletar dados, o que era fundamental para a mensuração anteriormente.

Ao contrário da Universal Analytics, que não impõe um limite de tempo para retenção de dados, o GA4 restringe o armazenamento a 14 meses. Essa limitação pode exigir que as empresas contratem serviços de nuvem para evitar a perda de dados históricos. Embora o Google ofereça integração com o BigQuery, uma plataforma de armazenamento e análise de dados sem servidor, nem todas as empresas podem estar dispostas a investir nisso por razões orçamentárias.

Empresas de grande porte, em particular, terão que encontrar soluções para o armazenamento desses dados. Algumas optaram por desenvolver data lakes, repositórios centralizados que permitem armazenar dados em qualquer escala, como uma alternativa para preservar dados extraídos do GA4 e explorar insights relevantes para o negócio.

A transição entre as interfaces pode ser desafiadora e apresentar complicações, desde a comparação cronológica de desempenho de anúncios até a perda de histórico. Empresas que não migrarem suas propriedades e estruturarem a arquitetura de dados no GA4 até 1º de julho de 2022 perderão sua base histórica ano a ano.

O UA foi desenvolvido numa época em que a navegação era predominantemente por meio de desktop, enquanto o GA4 surgiu em meio à navegação multiplataforma. Assim, o GA4 permite processar todos os fluxos de dados, tanto de sites simples quanto complexos e aplicativos para Android e iOS, numa única propriedade para análise integrada.

Com o GA4, cada interação do usuário é interpretada como um evento, proporcionando mais dados e insights sobre a jornada do cliente. No entanto, é importante notar que o acesso aos dados e propriedades do UA não é viável através do GA4, tornando as perdas para quem não migrar dentro do prazo potencialmente irreversíveis.

A complexidade da migração varia de site para site, e a transição deve ser planejada e implementada com métodos rigorosos. Ter profissionais qualificados na estruturação da arquitetura de dados é crucial, e a contratação de uma empresa especializada pode ajudar a minimizar os impactos dessa mudança.